Professor Garrido de Paula -- foto Marcela Tahan |
Um e-mail inquietador tem circulado por praticamente todos os e-groups da nossa Faculdade há alguns dias. Nele, o Professor Garrido de Paula informa o motivo de seu desligamento repentino do corpo docente, o que apenas confirma a crise em curso na nossa Faculdade como temos reiterado seguidamente. A referida diminuição dos salários é inconstitucional e absurda e suscita que a demissão dos professores passa longe de ser mero boato. Trata-se de um assunto da mais alta gravidade, dado que as possíveis demissões não seguirão critérios acadêmicos, mas sim conveniências pouco transparentes, o que pode causar graves prejuízos ao corpo estudantil (falta de professores para dar aula, professores mais sobrecarregados de trabalho etc) - da mesma forma que os cortes absurdos dos salários já estão causando. Leiam com atenção:
PREZADOS ALUNOS
Lamento informá-los que tendo em vista alteração unilateral do meu contrato de trabalho, com redução nominal de salário, tomei a iniciativa da Fundação São Paulo (PUC) como despedida indireta, solicitando da minha empregadora indicação de dia e hora para formalização da dispensa e pagamento das verbas rescisórias.Assim, deixarei de ministrar minhas aulas nas turmas de Teoria Geral do Processo Coletivo e de Direito Infracional, tendo em vista a necessidade de afastamentoimediato em razão da despedida indireta. Comunico-lhes, ainda, que me coloquei à disposição do Departamento para repassar ao substituto designado os informes sobre o desenvolvimento do curso, como programas, fases e freqüência, de modo a evitar qualquer solução de continuidade.Consigno, por último, o apreço pessoal que tenho pelo Douto Diretor e Ilustre Chefe do Departamento VI, bem como pelos demais Professores e Funcionários e especialmente pelos atuais e ex-alunos. Todavia, aceitar da Fundação São Paulo o recebimento da remuneração mensal de R$. 761,50 em troca do ministério de 5 horas aulas por semana importaria falta de dignidade e de respeito pessoal e de responsabilidade com a cátedra. Ficam as boas lembranças de quem foi convidado para integrar pioneiro núcleo de Direitos Difusos e Coletivos, hoje Departamento, teve a honra de ser o primeiro Professor de Direito da Criança e do Adolescente da Universidade, colaborar com a Administração como Coordenador da Graduação e Chefe de Departamento e de ter tido o privilégio de conviver com gerações de alunos dispostos a aprender Direito e Justiça, razão do recordar desta última lição constante da dedicatória da minha dissertação de mestrado: “A todos aqueles que ainda conservam a capacidade de indignação, fazendo da sublevação instrumento de transformação do Direito”.Um abraço a todos,Paulo Afonso Garrido de Paula
O que eu acho mais interessante é o fato de esse professor lecionar matéria que desagrada um pouco à ideologia da maioria dos professores e alunos de Direito da PUC-SP, haja vista que se opõe à visão individualista que a direita tem do Direito. Esse tipo de demissão ideológica já foi implementada na PUC-SP há pelo menos 5 anos, o que fez a Universidade perder quadros muito expressivos e com certeza
ResponderExcluircontribuiu para a degradação dos cursos. O que tem sido relevante no curso de Direito, atualmente, é se determinado professor ajuda os alunos passarem na OAB, como se o curso todo se direcionasse a isso.
Outros professores consagrados deixaram a PUC na última semana. E o C.A? cade a representação dos estudantes??? Na campanha prometeram festa e conseguiram se eleger, e agora??? virou festa mesmo!!
ResponderExcluirSó vemos grupos como o Disparada e o Construção debatendo e lutando pelos problemas que realmente importam nesse circo que é a PUC.
Me coloco a disposição para agir. Não podemos deixar a fundação sp levar nossa faculdade pro lixo. Precisamos de medidas urgentes e concretas.
fora C.A !!
estudantes, levantem-se!!!
Vamos acordar, Fundação São Paulo! Se continuar levando o ensino de sua instituição ao status de lixo, vai achando que vai ter troxa o suficiente para pagar R$1500,00 por isso!
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