Representação disecente no último Consun |
A próxima reunião do Consun será dia 12/12 às 08:30 no Prédio Novo do campus Monte Alegre, sala 119-A. Compareça e defenda seus direitos! Segue a moção escrita pelo movimento estudantil contra o aumento:
Moção de Repúdio ao Aumento de Mensalidades na PUC-SP
Em recente reunião do Conselho Universitário (CONSUN) da PUC-SP, foi anunciado que a grande novidade do plano orçamentário de 2012, apresentado em pleno final de ano, seria um aumento na ordem de 11% nas mensalidades de todos os cursos.
Tal aumento é muito superior ao índice de inflação oficial (o IPCA) e ao índice usado para a correção monetária das mensalidades (o IGP-M), ambos variando entre 7% e 6% no acumulado de doze meses em novembro - e com viés de queda em dezembro.
Ainda o Último Consun |
Por outro lado, ocorre a chamada maximização dos contratos dos professores, que desde então são obrigados a trabalhar mais - dando mais aulas, perdendo tempo para pesquisa e atualização - para receber o mesmo.
Ao passo que isso ocorre, não existe um esforço das instâncias superiores em buscar novas fontes de financiamento, o que tem onerado estudantes e professores. Mesmo com tal política financeira restritiva, que já dura quase oito anos, a PUC-SP registrou, pela primeira vez desde 2006, prejuízo - segundo a controladoria da mantenedora da PUC-SP, a Fundação São Paulo (Fundasp), na ordem de 7 milhões de reais.
Como isso se explica? Novamente, recorrendo ao exposto pela controladoria, na reunião de 07/12 do CONSUN, isso se deve a não matrícula de muitos aprovados no vestibular e, também, ao cancelamento de matrículas ao longo dos cursos - o que engloba desistências e transferências para outras universidades.
A saturação da política de resolver problemas de receita aumentando as mensalidades, agora produz o efeito inverso, espantando os estudantes, gerando uma tendência que, hoje, é de queda das expectativas de arrecadação com receita das mensalidades, mas que, dentro em breve, poderá acarretar na queda absoluta da arrecadação!
Em outras palavras, o modelo encontrou seu limite econômico, não que, antes, já não tenha encontrado seu limite acadêmico, com a sobrecarga dos docentes, sem condições de dar aulas com a mesma qualidade ou fazer pesquisas pela falta de tempo, ou pela brutal oneração dos discentes.
Tal fato aumenta a dependência dos alunos perante suas famílias o que muitas vezes os obriga a trabalhar precocemente, prejudicando seu desempenho escolar. Soma-se a isso, os vestibulandos aprovados que, sem condições de financiar seus estudos, não se matriculam, fazendo com que as vagas não seja preenchidas em alguns cursos ou que, para tanto, a lista tenha de "rodar" várias vezes.
O curso de Serviço Social, por exemplo, não tem todas suas vagas preenchidas há anos sendo que faculdades com mensalidades mais competitivas como a UNINOVE contam com 1400 alunos, a FMU e a UNICASTELO com 600 alunos cada.
Nesse sentido, apresentamos nosso repúdio a tal medida e pontuamos que barrá-la, neste momento, é fundamental dentro de um contexto do qual ela é a ponta do iceberg.
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