A gestão Áporo, eleita em 2010, ainda não se registrou em cartório (ou seja, estamos sem representação!), está atrasando os salários de seus funcionários e não prestou contas daquilo que recebeu de aluguéis sem estar legitimada para isso.
Ela também não tornou pública a ata da reunião que teve, a portas fechadas, com a Diretoria antes da reunião do Conselho da Faculdade de Direito (aquela que subiu a nossa média para 7,0), visto que administram um patrimônio dos estudantes.
Portanto, é fundamental que nós, estudantes, exijamos uma reunião na qual a gestão de fato explique e tome providências a respeito de:
(1) o motivo do registro não ter sido feito; (2) a prestação de contas ainda não ter sido realizada; (3) os salários não estarem sendo pagos; (4) a ata com o conteúdo dessa reunião não ter sido publicizada até agora.
Ontem (24/03/11) após participar da inauguração das comemoraçoes dos 140 anos da Comuna de Paris e renovar o sentimento de luta pela participação efetiva, operacional e intelectual dos trabalhadores na sociedade, deparei-me com um dos varios panfletos que ficam nas rampas do "predio novo" e peguei um intitulado "Vigarice Intelectual" do Grupo Áporo. Normalmente nao me interessaria pelas questoes de eleicoes do centro 22 de agosto mas no texto algo me saltou ao intelecto. No 2º paragrafo dizem nao serem contra a oposição legitima, diferentemente dos que sao entusiastas do SOCIALISMO !!!!!! Nao vou entrar no merito das eleiçoes, prestaçoes de conta ou mesmo dos regimes totalitarios tambem citados, mas quanto a esta especifica descriminação da luta caracteristicamente exercida pelo oprimido (trabalhador) e agora levada a questoes de profissionais liberais , nao posso me esquivar de dizer que se a vossa chapa esta sendo criticada por ter pensamentos e/ou propostas democraticas e sociais, eu , 01 aluno de Historia , tendo a ser solidario a voces e deixo uma frase emblematica de Carlos Nelson Coutinho : "Sem democracia não há socialismo, e sem socialismo não há democracia". Contudo terei que entender melhor o contexto para tomar uma posição mais contundente.
ResponderExcluirMarcio Gremio
Marcio,
ResponderExcluirEm primeiro lugar, é muito interessante que um estudante de História tenha visitado o blog e comentado sobre um assunto concernente ao Centro Acadêmico do Direito. Ficamos muito felizes com isso. Entendemos que aquilo que torna a PUC-SP especial é justamente esse permanente encontro entre os estudantes dos mais diversos cursos, sobretudo no campus Monte Alegre.
Só para contextualizar, o Grupo Áporo é a atual gestão do 22 de Agosto, tendo sido eleito no ano passado por uma margem muito pequena - oito votos, de um total de mais de 1500. A campanha deles foi pautada sobre uma premissa de neutralidade, embora alguns membros da chapa já fossem filiados ao PSDB, o que depois se consolidou com a filiação massiva de quase todos os membros do grupo. A própria cerimônia de posse foi realizada na Alesp, com vários dirigentes tucanos.
Infelizmente, a influência externa de partidos políticos é um problema que o 22 de Agosto já enfrenta há alguns anos. O grupo que era gestão no ano passado - e hoje é oposição à Áporo - também tinha grande proximidade com um partido político, o PSOL, cuja interferência atrapalhava muito a atuação do grupo dentro da universidade.
O Grupo Disparada não possui ligação com nenhum partido político e nem tem intenção de fazê-lo, pois entende que a confusão entre Centro Acadêmico e partidos políticos tende a provocar uma absorção deste espaço - que é dos estudantes - pela máquina partidária.
A posição do Grupo Áporo em relação ao socialismo e seus entusiastas é parte do comportamento persecutório e paranoico da atual gestão; não se admite o diferente, revela desprezo pelo debate e demonstra um profundo desconhecimento teórico a respeito da profundidade dessa questão.
Abraços.